Que maravilha conhecer o Paulo adolescente de Clips, numa influência deliciosa dos modernistas, concretistas e marginais. Minha poesia também não passou ilesa por essa reviravolta, da qual você soube morder os melhores frutos.

Paulinho,
como está? Vai aqui um pouquinho sobre seu terceiro livro, já que o café para eu buscar o quarto deles não tem ainda uma data marcada. Mas virá. Virá que eu vi.
Que maravilha conhecer o Paulo adolescente de Clips, numa influência deliciosa dos modernistas, concretistas e marginais. Minha poesia também não passou ilesa por essa reviravolta, da qual você soube morder os melhores frutos.
E que outra maravilha ver o Paulo madurar nos poemas de Mosh, com outras palavras e obsessões, sobretudo o amor em suas sete(centas) faces.
Eu, que conheci primeiro os microcontos de Brevidades, para em seguida me comover no universo (também meu) de Capiau, permaneço feliz com a descoberta destes versos primeiros, que souberam resistir ao tempo das gavetas e das preocupações, para aflorarem agora com simplicidade, elegância e verdade.
Amei tanto o haikai/pira. Queria ter escrito isso! Quem sabe eu não o afano para um próximo título…
O professor José Mafra, no texto de abertura, traz nas palavras a comoção que todos os docentes hão de ter diante de um aluno apaixonado pela palavra dos poetas.
E é lindo saber, pelo texto da Sílvia, da cumplicidade entre dois irmãos, para quem as letras foram motivos ainda maiores de união, respeito e admiração.
Só me resta, meu amigo, pedir que continue. Sempre.
Segure aí um abraço conterrâneo,
Márcio
Sertão da Farinha Podre/MG
12-V-2025
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Clips e mosh, de Paulo Camossa Júnior
Editora Paraquedas, 2024
88pp.

